sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Through our minds


Memórias são como remoinhos. Vão e voltam. Tento compreender a incrível tarefa que é esquecer o sofrimento, a dor... Hoje, falei com uma pessoa sobre temas que nunca pensei falar, numa fase tão precoce de uma amizade. Sim, porque uma amizade constrói-se sobre bases sólidas e fundações firmes... mas, cada uma delas... tem o seu tempo.

Lembrei os meus tempos de sofrimento puro. Aquela agonia que é viver com a corda no pescoço... O vislumbrar daquela memória num acto rotineiro... O relembrar de algo por simplesmente nos contarem uma história estúpida. É ter um dia em que cada acto, pensamento ou sentimento teu relembra passados recentes no nosso coração.

Gosto de acreditar que ultrapassar esses dias é, além de difícil, como é óbvio... uma questão de controlo. Porque, apesar de cada dia que vivemos nos fazer crer que pouco controlamos no que nos diz respeito... isso não é bem assim. Nós controlamos a nossa vida, se assim desejarmos... Contudo, nem sempre estamos dispostos ao que isso arrasta. Coisas como responsabilidade, consciência e maturidade.

Muitos afirmam que desejam crescer... Mas, no entanto, tudo o que fazem é dedicado a fugir desse mesmo objectivo. É por isso que eu admiro pessoas como tu. É a necessidade de, no meio da brincadeira, do sorriso, da gargalhada... ver a evolução que tens e tentas (penso eu).

Enfim, enquanto pensava como compreender o sofrimento e a dor... apercebi-me, de forma saloia... que tal acto apenas prolonga o que quero compreender. Porque há coisas que não foram criadas para compreender... mas para sentir. No seu tempo! Sem pressa de fugir do abismo porque o podemos escavar ainda mais mas, também, sem masoquismo. Porque a ponte entre os dois é extremamente ténue e a linha que os une... untada pelos laços da incerteza. A incerteza sobre aquilo que somos e aquilo que sentimos. Ou, melhor, na maioria das vezes... a dúvida sobre aquilo que poderíamos ser de forma a sentir algo tão utópico quanto a questão da origem.

E, por aqui me fico... Porque as palavras são ténues e a mente é brilhante... ou não nascesse o sol daqui a alguns minutos.

Obrigado Lili (é estranho este nome e ainda me vais explicar o porquê dele...) pelo prazer da tua companhia... E, talvez... este seja aquele que vais conhecer!