quarta-feira, 2 de setembro de 2009

The road to heaven


Ouve a melodia, deixa-te invadir pela sua beleza. Abre-te ao mundo, mesmo que o mundo não te queira conhecer. Empenha-te, trabalha, estuda, brinca. Vive. Não te deixes levar por aquela melancolia fria e desmedida de quem te rodeia. Ama-os, ainda assim. Mostra-lhes o que é ser humano. Podes sofrer mas podes, também, ser feliz. E, naquele mar gélido de não emoções, felicidade é algo utópico. Eles sonham com ela e, sol após sol, fogem dela.

Limpa as lágrimas, sê forte! Ainda há esperança! Vês as flores, ali? São a prova em como a vida é algo belo e em como tu podes inserir-te nesse mundo sem nunca te sentires excluída. Vês no Outono as folhas a cair... Porém, na Primavera, elas rejuvenescem ainda mais fortes. Completa-se o ciclo e, ao longo desse ciclo, renova-se a esperança num mundo melhor, criado por ti, por mim e por todos os que vivem desta forma. Juntos, ninguém nos supera.

Assim como as folhas ganham força com cada ciclo de vida, também nós ganhamos experiência com tudo aquilo que passamos. Há dias em que nos sentimos a morrer, interiormente. Porém, a glória está na forma como nos reerguemos perante o mundo e nos assumimos como seres fantásticos. Assumi-mo-nos como... humanos.

Não há nada melhor do que sentir que o mundo trabalha a nosso favor e, quando pensei escrever isto enquanto sentia esta chuva de Verão a bater levemente na minha pele, nunca imaginei que o retrato pintado por mim fosse de tal forma belo e tentador.

Não há mal em sonhar. Não há mal em tentarmos viver os sonhos. Porém, a ponte entre imaginação e realidade é ténue e, enquanto tentamos viver esses sonhos, aproxima-mo-nos mais da imaginação do que poderemos imaginar.

Quanto a mim, minha cara, eu continuo a viver como sempre vivi. Com uma corda atada à minha perna e presa à realidade mas com plena noção do local onde encontro a estrada para o sonho. Porque, até agora, nunca conheci alguém que quisesse completar a jornada comigo. A jornada para a felicidade.

Contudo, esse dia vai chegar. E, como sempre estarei preparado para ele, assim como para a eventualidade da sua face não ser nada do que imaginei.

AMS