quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lets go back to day one

Eis que o epílogo se revela: o final capítulo do filme não só representa aquilo a que podemos chamar de paz enganosa mas também aquilo a que chamamos destino. Uma nova aurora se aproxima… A solidão é inevitável.

O pessimismo da palavra não é só presságio nem ideia conflituosa… É sim realidade. Triste, pura e crua. Tal como a vida de cada um de nós. A felicidade paira por aqueles que não existem. Ronda, circula os que não mais caminham entre nós. Essa realidade sim… poderá ser feliz, falsa e bem passada.

Quem disse que não podemos ser livres? Ninguém… Todos temos esse direito e dever… Contudo, quem disse que não podemos ser felizes? Bem… cada um de nós. Dia após dia, acção culminando em outra acção. Simples, não é? Pessimista, triste?

Oh well, that is called reality.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Non related: Descobri que só escrevo "bem" quando me sinto em baixo. Tristeza.

Um dia cinzento. O sol tentava quebrar a escuridão imensa trazida por nuvens espessas e confusas mas, contudo, continuava sem algum sucesso. As ruas, calcetadas a preto e branco, lembravam velhas obras-primas cinematográficas onde sem qualquer diálogo óbvio, as personagens nos prendiam segundo após segundo ao pequeno ecrã, ainda com uma antena gigante, sem prever o futuro risonho do comércio actual.

Em segundos, silenciosos passos deixaram de ser completamente silenciosos. Os sons de outrora em que a vingança se patenteava por um aproximar sorrateiro até às costas do inimigo faziam sentir-se nesse preciso instante. Alguns segundos depois, as sapatilhas; as calças de ganga; a t-shirt com a capa de promoção de um filme presenteado nos Óscares já há vários anos; tornaram-se nítidos, ainda que a luz fosse pouca.

O ar cansado, as rugas de expressão, o cabelo já grisalho. Tudo indicava um ser humano, possivelmente do sexo masculino, com histórias para contar e, algumas, para esconder. Os olhos verdes procuravam no vazio a esperança de dias passados, enquanto manifestava o que poderia ser interpretado como impaciência, ao estalar os dedos das mãos. Ou, quem sabe, aborrecimento. A busca revelava-se infrutífera, uma vez que nada parecia vir ao seu encontro.

“Um dia, não sei, talvez… Estou exausto. Dói-me tudo o que poderia algum dia doer. Magoa-me a alma, magoa-se o coração. Sinto-me, dia após dia, a morrer cada vez mais, se isso for possível. Dou asas à imaginação, procuro entre o mais variado e o mais óbvio. Fico, simplesmente, pelo impossível.”.

Pensamentos confusos, magoados, infrutíferos também. O nosso mundo funciona assim, com sofrimento mútuo. Sofremos pelo mesmo motivo mas tudo continua a não resultar. Ou é porque somos demasiado gordos, porque somos demasiados esqueléticos… porque temos rugas, cabelo branco, falta ou excesso de centímetros, demasiado à-vontade, demasiada auto-estima, demasiada timidez… Tudo falta. Mas, no entanto, nada falta.

Voltamos à grande ambiguidade que os conceitos de paixão, amor ou amizade revelam em cada uma das relações que temos, conhecemos ou ignoramos. Será o amor uma relação de verdadeiro conhecimento, encanto e sedução? Ou será esse sentimento tão procurado mas quase sempre amaldiçoado o passo final da amizade das amizades? E, se assim é, será a amizade apenas um estágio que pode evoluir para algo final? Onde se situa a paixão? No início destes conceitos ou em todos eles?

Paixão, interesse motivado por algo prezável à vista. Engraçado conceito esse que se compara ao supostamente fantástico amor. O amor sofre com a paixão e, na maioria das vezes, a paixão cai aos pés do amor. Mas, a verdadeira questão não será quando estamos apaixonados. Esse é o sentimento mais fácil de compreender e admitir. O momento em que sabemos que amamos alguém, esse sim é um momento de brilhantismo puro e de curioso lamento lacrimal pela sua não correspondência.

Sucintamente, as coisas são como são: imperfeitas. Sonhadores? Somos nós que pensamos que podemos modificá-las ou que elas se poderão modificar por si próprias. Sonhamos que um dia alguém abra os olhos e se aperceba que tudo faríamos para que o nosso pequeno mundo se tornasse perfeito. Sonhadores são aqueles, como nós, que pensam que um dia se aperceberão do que já têm e não precisarão de mais nada.

Sonhadores? Somos nós, apaixonados. Porque a paixão mata, eventualmente.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Friends


Um dia, vais dar por ti sozinho/a, tentando aproveitar esse tempo para relaxar e pensar em tudo o que o nosso mundo tem de bom para oferecer. Nesse dia, se fores como eu, vais descobrir-te a pensar nas pessoas que amas e/ou adoras. Vais pensar em amor, em paixão e em amizade.

Provavelmente, vais relembrar momentos únicos na presença dessas mesmas pessoas e, da próxima vez que os encontrares, vais abraçá-los como talvez nunca tenhas feito. Sabes porquê? Porque são eles a tua razão de viver. São eles que te fazem rir, sorrir, chorar, sofrer, amar, pensar, sentir. Eles são tudo e tu sem eles és pouco.

Costuma-se dizer que verdadeiro amor nasce numa verdadeira amizade. Abençoados somos sós porque seremos capazes de amar mais do que uma pessoa, ainda que de maneiras diferentes.

Hoje, se o céu não nascer azul, se o sol não se erguer… nada importará. Porque sei que quer esse dia seja hoje quer seja nunca, vocês irão estar lá para me apoiar e me abraçar.

Amigos. É por eles que o meu coração bate.

(Embora bata mais depressa por causa de uma menina especial que voltará em breve. Não te preocupes, o teu lugar nos nossos corações estará para sempre guardado)