quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Acordas, num dia cinzento, numa manhã gelada, e, subitamente, tal banho frio em corpo quente, relembras a vida passada e as memórias da noite esquecida. A lua ainda é vaga testemunha do amor e da luxúria da seda incompreensível. As lágrimas escorrem com arrependimento falso e com a saudade patente na expressão carente e esperançosa.
O frio sente as mãos por raios tímidos de sol que atravessam a neve estática. Nem sempre foi assim. Pois, ainda no crepúsculo passado, o calor invadiu aquele cale com o desejo e a paixão dominante.
O discurso vem como tempero sem sal. Corta, definha, imortaliza! "Quero, um dia, ser feliz. Quero, por uma vez, ter quem amo e não quem desejo. Porque não posso tomar essa decisão? Porque não ser aquilo que algemo? Ser aquele que perdoa, aquele que não esquece o físico mas o mental, aquece capaz de ter saudade, em vez daquele que se crucifica antes da recordação e do amor feliz".
O amarelo relembra as tardes no jardim com mãos entrelaçadas e corações sintonizados. O vermelho relembra a paixão, o desejo, a luxúria. O azul relembra a paz enquanto verde relembra a esperança do que já se perdeu. O preto? Esse lembra a perdura da lágrima, o esquecimento e a tristeza.
Nada resta a dizer.Não sei porquê mas um pensamento, um ideal se formou na minha mente. Tenho a minha indignação mas sou puro em todos os meus sentimentos e pensamentos.
Enfim! Sinto, existo!