terça-feira, 27 de setembro de 2011

T-U-D-O

Há quem procure sem nunca encontrar, quem lute sem nunca vencer, quem viva sem nunca sentir. Eu, pessoalmente, sinto-me a pessoa mais felizarda do mundo. Porque, um dia, não sei porquê (prometo!), surgiu uma pessoa (desculpem, grande pessoa) na minha vida sem eu nunca ter feito rigorosamente nada para merecer.

Não sei, sinceramente já dei por mim a pensar como esse acontecimento foi possível. Eu já tinha uns aninhos razoáveis e vivia sem a conhecer. Então porque é que hoje parece impossível eu ter sobrevivido tanto tempo sem ela ao meu lado? Acho que é um daqueles momentos que, em metáfora equacional, todas as incógnitas mudam de valor e todos os sinais trocam de polo. Mesmo os zeros já têm valor.

Aliás, acho que é a isso que tudo se resume (ou não, porque é impossível resumir... eu apenas tento!): contigo, Luh, tudo (tudo mesmo!) tem valor. Desde as minhas conversas tenebrosas sobre autópsias e mortes até à gargalhada relacionada com as pedras da calçada. Acho que se pudessemos, daríamos valor a toda a folha que cai no Outono e a tua a flor que floresce na Primavera. Ou, talvez, se pudessemos, alteraríamos as estações do ano por razões estúpidas mas verdadeiras e sentidas.

(Agora descobrirás que copiei uma frase do texto para o facebook...)

Aproveito cada dia como se do último se tratasse, até porque as surpresas acontecem e nem sempre estamos preparados para mudanças súbitas. Sempre poderei dizer que vivi no limite, magoei e fui magoado mas, mais importante do que isso, existi sem qualquer tipo de correntes a prenderem movimentos, actos e sentimentos...

(Estas linhas escrevo-las hoje...)

Viver no limite às vezes magoa-te e eu sei disso. Imagino até que te sintas desanimada comigo... Mas peço (sem argumentos, talvez), que te lembres daquilo que te disse há muito tempo. Mesmo que não o mostre e que não recebas notícias minhas, eu lembro-me de ti. Todos os dias, mais do que uma vez. E acho que me conheces o suficiente para saberes que nunca mentiria sobre isso. É em ti que tenho os meus pensamentos quando penso nas pessoas que me são importantes, naqueles cinco minutos antes de adormecer. É em ti que penso quando acordo. Às vezes penso se estarás bem, se finges que tudo está bem. A verdade é que eu consigo distinguir mas também é verdade que, apesar disso ser parte fulcral da amizade, eu gostaria de não ter de o fazer. Gostaria que sempre que te sentires desiludida, desanimada, feliz, eufórica e isso esteja relacionado comigo... que me digas e me confrontes. Tu sabes que é impossível eu discutir contigo. Eu apenas escuto e apresento-te razões e/ou um pedido de desculpas.

Tudo aquilo que sou hoje foi moldado por ti. Não vamos ser namorados, friends with benefits nem nada do género... Mas vamos ser o que temos sido: amigos. Atribuindo, realço, o verdadeiro valor que essa palavra deveria ter.  E acredita, para mim, é mais do que muito. Eu sempre disse que quando namorar, essa pessoa terá de ser minha amiga. Porque eu tenho esse requisito (talvez o único), para gostar verdadeiramente de alguém. Tu, contudo, passas essa barreira. Tu és mãe, pai, irmã, filha, afilhada. Tu és tudo.

E nunca te esqueças disso porque o dia em que te perder é o dia em que, secretamente, deixarei de viver.

Resumidamente: I love you Best Friend :)

"Always and Forever".