quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Simplicity!

Poderia jurar que vi as folhas voarem. O branco das paredes está cada vez mais escuro e todo aquele processo em parte estúpido de reflexão parece acompanhar essa mudança, fornecendo uma analogia assustadora. É engraçado como as palavras me afectam. Sim, eu realmente acho que há verdadeiro humor na forma como ganho predisposição à mudança devido a palavras proferidas em ocasião que poderia ser tudo, menos especial.

Hoje, posso agradecer a uma das coisas na qual nunca acreditei nem provavelmente acreditarei. Todas as marionetas chamam-lhe Destino. Sorte. Fado. Algo estranho e abstracto. Porque epifanias são algo que eu considerava impossível na minha maneira de ser. Quando fazes da imprivisivilidade uma das tuas filosofias de vida, deixas de te surpreender com tudo o que acontece à tua volta.

Contudo, assim foi. Aconteceu. Durante anos e anos, tenho deixado levar-me pela maré. De uma forma relaxada, distante. Pois bem, é tempo de crescer. É tempo de percorrer a rua que sempre considerei ser a rua das ditas marionetas.

Mas essa rua vai ser a minha rua. Vou inventar o meu próprio rumo, com vista a melhorar como ser humano. Algo me diz que essa decisão será daquelas que daqui a muitos anos relembrarei com enorme felicidade, devido ao que ela vai exigir de mim. Sacrifício, coragem e muita, muita perseverança.

E, quem sabe, talvez essa decisão me leve a voos mais altos. Voos que sempre ambicionei mas pelos quais nunca lutei. É tempo de assumir o que é bom e mau. O que é obrigatório e o que é dispensável. Principalmente, aquilo que me faz e quer bem e aquilo que, mais tarde, me apunhalará nas costas.

Não, não me vou fechar ao mundo. Não, não vou ser mais introvertido. Vou, apenas e só, ser mais humano. E, não é isso que todos deveríamos querer?

Há sempre um caminho correcto. Normalmente, é o mais recto e simples. Nós, na nossa triste sina de estupidez, é que escolhemos tomar atalhos que, ao fim de contas, são becos escuros, sem saída. A opção certa é voltar atrás e seguir o tal caminho simples. Requer coragem? Sim.

Mas esses são os momentos em que o ser humano é mais belo. Quando tem a capacidade de superar as suas limitações.


Lu’, não escrevi este texto contigo em mente mas sinto que devo deixar aqui uma palavra simples de apreço à tua pessoa. Não sabes o quão bom é saber que tenho alguém como tu na vida. E prometo, não sabes o quão orgulhoso me sinto de cada vez que leio uma palavra que seja, da tua autoria. Continua a escrever e nunca, nunca apagues. O que hoje te pareceu mau, sem inspiração, amanhã poderá servir de prólogo ao livro da tua vida. Palavras, essas, são o que se pode considerar mágico. Mudam o teu dia, a tua mente, a tua vida. Adoro-te e espero que sempre sejamos assim. Melhores amigos. Só e tudo isso. Always and forever parece demasiado curto para aquilo que é nosso e nunca, nunca ninguém nos roubará. Verdadeira Amizade.

6 comentários:

  1. Lamento dizer-te que todas as marionetas nessa rua pensa que essa é a sua rua, e que, com elas,
    é diferente. Mas se te mentires suficientemente bem - ou seja, se realmente acreditares nisso - tens aí uma grande oportunidade, não para ser singular, mas para ser feliz. O que, cá para mim, é o que realmente importa.

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  2. Não sei onde aprendeste a escrever, mas certamente que foi num sítio muito pouco recomendável. Adoro a forma como usas vocabulário do qual, evidentemente, desconheces o significado.
    Ah, e classificares a reflexão como um "processo estúpido" foi das coisas mais brilhantes que li nos últimos meses.
    E faz-me um grande favor e explica aí a analogia entre as paredes brancas que se estão a tornar escuras (presumo eu com esterco ou com bolor) e o "processo estúpido de reflexão", é que pelo menos eu não estou a ver onde queres chegar.
    Boas
    C. Peixoto

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  3. Com prazer. Em primeiro lugar, classifico a reflexão da forma que quiser, pois as palavras são minhas para serem usadas (assim como são de qualquer outra pessoa. O que quero dizer é que cada um pode escrever aquilo que quiser. Assim como quem lê pode também escolher aquilo que lê, certo?

    O escurecimento das paredes corresponde a algo negativo e se considero o processo de reflexão estúpido, vejo-o como algo negativo também, percebeu? (uma analogia entre um processo físico e um processo psíquico, nada de mais.

    Sinta-se à vontade para mais esclarecimentos sobre as coisas que não gosta de ler. E, sinceramente, há coisas que não percebo. Se são gosta das primeiras linhas (como aconteceu), porquê continuar ler? Deixo a pergunta no ar...

    Cumprimentos,

    André Sá

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  4. Eu acho que sei que mudanças são, acho. E se não sei, eu vou compreendendo aos poucos. E força, essas rectas são fáceis de se percorrerem, e com companhia são ainda mais fáceis :)

    Quanto à parte do textinho pra a tal de Lu, tu sabes o que eu acho de ti, de nós e da nossa amizade.Tudo por ti <3 Always and Forever

    PS. Comentários estúpidos não merecem sequer que me "chateie" com eles !

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  5. Olá...
    é só para avisar que mudei de endereço

    http://www.alwaysalive.blogspot.com/

    Se quiseres passa por lá e segue ;) E por favor apaga este comentário :)
    Obrigada
    beijinhos*

    ahah ;)

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  6. Always and Forever, easy. <3

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Sou feito de críticas ;)